A greve dos servidores do INSS foi desencadeada pela rejeição do governo a um aumento salarial de 33%, oferecendo apenas 9%. Apesar de incluir a reestruturação da carreira do seguro social, a proposta não atendeu às demandas dos trabalhadores, e a situação se agravou com a declaração do STJ sobre a ilegalidade da greve, exigindo a manutenção de 85% das atividades do INSS, o que gerou indignação entre os servidores.
Os servidores do INSS estão em greve após rejeitar a proposta de reajuste salarial do governo federal. A situação é tensa e cheia de desentendimentos entre os sindicatos.
Motivos da Greve
A greve dos servidores do INSS foi motivada por uma série de fatores que refletem as preocupações da categoria. Em primeiro lugar, a proposta de reajuste salarial apresentada pelo governo foi considerada insuficiente. Os servidores reivindicam um aumento de 33% até 2026, enquanto o governo ofereceu um aumento de apenas 9% em duas etapas, sendo a primeira em janeiro de 2025 e a segunda em abril de 2026.
Além disso, a questão da valorização da carreira de técnico do seguro social é uma pauta fundamental. Os servidores exigem que o nível superior seja um requisito para a entrada na carreira, além de atribuições exclusivas e finalísticas. Isso é visto como essencial para garantir a qualidade dos serviços prestados.
Outro ponto importante é a falta de consenso entre as entidades sindicais. O SINSSP (Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social do Estado de São Paulo) não aceita acordos que não atendam às necessidades da categoria, o que gerou um impasse nas negociações.
Por fim, a proposta do governo de reconhecer a carreira do INSS como estratégica ao Estado, embora vista como um avanço, não foi suficiente para acalmar os ânimos da categoria, que se sente desvalorizada e sem garantias efetivas de melhorias em suas condições de trabalho.
Proposta do Governo e Rejeição
A proposta do governo federal para os servidores do INSS incluía um aumento salarial de 9% a ser implementado em duas etapas: a primeira em janeiro de 2025 e a segunda em abril de 2026. Além disso, a proposta previa a reestruturação da carreira do seguro social, com o intuito de garantir que as atribuições da categoria fossem reconhecidas como essenciais e exclusivas, evitando a terceirização de atividades.
No entanto, essa proposta foi imediatamente rejeitada pelos servidores. A principal crítica gira em torno da insuficiência do aumento salarial, que não atende às expectativas da categoria, que luta por um reajuste de 33%. Para muitos, a proposta do governo foi vista como um desrespeito às reivindicações legítimas dos trabalhadores, que se sentem desvalorizados e desconsiderados.
Além disso, a falta de diálogo e de um acordo unânime entre as diferentes entidades sindicais complicou ainda mais a situação. O Comando Nacional de Greve orientou os trabalhadores a intensificar a greve, desconsiderando acordos assinados por outras entidades que não refletissem as necessidades da base.
O clima se agravou com a intervenção do STJ (Superior Tribunal de Justiça), que declarou a greve como ilegal, exigindo a manutenção de 85% das atividades do INSS e impondo multas diárias ao governo pelo não cumprimento da medida. Essa situação gerou ainda mais indignação entre os servidores, que veem a greve como uma ferramenta essencial para lutar por seus direitos.
FAQ – Perguntas Frequentes sobre a Greve dos Servidores do INSS
Por que os servidores do INSS estão em greve?
Os servidores estão em greve devido à rejeição da proposta de reajuste salarial do governo, que é considerada insuficiente.
Qual é o percentual de aumento que os servidores reivindicam?
Os servidores reivindicam um aumento salarial de 33% até 2026.
O que a proposta do governo incluía?
A proposta do governo incluía um aumento de 9% em duas etapas, além da reestruturação da carreira do seguro social.
Qual é a posição do SINSSP na greve?
O SINSSP não aceita acordos que não atendam às necessidades da categoria e orienta a ampliação da greve.
O que o STJ decidiu sobre a greve?
O STJ declarou a greve como ilegal, exigindo a manutenção de 85% das atividades do INSS e impondo multas ao governo.
Como a greve impacta os serviços do INSS?
A greve impacta os serviços do INSS, podendo levar a atrasos e interrupções no atendimento aos segurados.
Fonte: Infomoney